sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A música realmente mexe com as pessoas.

Já ouviu falar em e-drugs? Bom, eu estava em meu curso de violão, e no mural estava uma matéria sobre esse tema. E-drugs. Nunca havia parado para ler, e finalmente quando não houve aula no curso (ontem) eu parei pra ler. Era uma matéria da Folha, que conta sobre drogas e música, como as duas estão interligadas.

E-drugs, what is it?

Músicas são baixadas a todo instante de diversos sites e programas, e algumas delas são como drogas. A música entra no cérebro e causa o mesmo efeito que várias drogas, cocaína, maconha, entre outros. Esse tipo de droga fez mais sucesso lá fora, pois vêm sendo, ainda, descoberta pelos internautas aqui do Brasil. Alguns que já testaram disseram que não causam nenhum efeito, e outros tiveram alucinações. Talvez varie de pessoa para pessoa, organismo para organismo. Aqui vai uns trechos da reportagem, não é a mesma da que estava no mural, mas é suficiente para quem ficou curioso.

E-drugs existem há dezenas de milhares de anos e atendem pelo nome de música. O resto é marketing.

Que padrões sonoros afetam o cérebro humano suscitando emoções não é exatamente novidade. É justamente isso que torna a música interessante. Vendedores de e-drugs sugerem que suas faixas são mais poderosas que Beethoven e causam efeitos semelhantes aos de LSD e haxixe. É possível, mas altamente improvável.
O conceito básico por trás das e-drugs são os sons binaurais. São produzidos quando cada um dos ouvidos é submetido a tons ligeiramente diferentes. Assim, se o nosso ouvido esquerdo captar um som com uma frequência de 97 Hz, e o direito, de 103 Hz, o cérebro irá perceber um diferencial de 6Hz e, num esforço de sincronização, tende a operar nessa frequência, que, no caso, corresponde à das ondas teta (4 a 7 Hz), associadas ao sono REM (com sonhos). Ao menos em teoria, a pessoa irá sentir-se gradualmente mais relaxada e sonolenta.
O efeito das ondas binaurais é real e foi descoberto em 1839 pelo físico prussiano Heinrich Wilhelm Dove. O que ainda não foi demonstrado é que padrões sonoros binaurais possam induzir muito mais do que estados de excitação e relaxamento. Dizer que causam alucinações, orgasmos e êxtases religiosos é uma afirmação retumbante que deveria ser acompanhada de evidências igualmente bombásticas.
Até agora, elas ainda não apareceram. Só o que existe são relatos de pessoas que dizem ter experimentado essas sensações publicados no site de empresas que comercializam as e-drugs. Mesmo que demos crédito a esses indícios anedóticos, eles são melhor explicados pelo efeito placebo do que por mecanismos cerebrais mais exóticos.
Aqui é preciso um certo cuidado. Dizer que uma dada manifestação se deve ao efeito placebo está longe de significar que ela não exista. O placebo é, a um só tempo, um dos mais extraordinários aspectos da neurologia humana e um dos mais mal compreendidos. Ele é extraordinário porque mostra que o cérebro produz reações que normalmente só ocorrem com recurso a drogas poderosíssimas. E é mal compreendido porque costuma ser descrito meio pejorativamente como algo que "está apenas na sua cabeça".
A verdade, contudo, é que o efeito placebo é bastante poderoso e incrivelmente real. Só não o utilizamos a torto e a direito na medicina por razões éticas. Placebos sempre envolvem algum grau de enganação. A confiança no médico e parte do efeito curativo se perdem se o paciente descobre que estava tomando pílula de farinha em vez de remédio "real".
Para quem está apenas interessado em curtir um pouco, sem preocupações éticas ou curiosidades neurofisiológicas, e-drugs são uma alternativa mais saudável que drogas de verdade. É claro que só funcionarão com os mais crédulos.

Bom, agora mudando um pouquinho o rumo, mas continuando na música, tenho algumas músicas para indicar. Quem curte música clássica? Muito difícil, mas eu recomendo os clássicos, Beethoven, Mozart, esses carinhas e uma rádio FM 103.3, nesta só passam concertos de diversos instrumentos clássicos, violinos, flautas transversais, trombone, trompete, sax e por aí vai. Músicas mais pop, Need you now (Lady Antebellum), Hey, Soul Sister (Train), Speak Now – CD (Taylor Swift) e pra quem curte um rock The spaghetti incident? - CD (Guns n’ Roses). E é isso ai galerinha, voltarei a postar mais nessas ferias, e vou escanear algumas partituras de violão pra quem curte. Ninguém. Enfim, xoxo.

2 comentários:

Gi disse...

AAAAH, baixei um programa parecido certa vez, o I-Doser. Eu escutei o 'alchool', e parece que não me causou efeito algum. -Q

hey_bels disse...

Acho que os que causam efeito, Gi, são aquelas que são pagas.... Porque se não todo mundo se drogava pela internet e de graça. UHSAUSHAUHS

 
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